domingo, 24 de janeiro de 2010

2.

A cidade nervosa puxa constantemente o escritor. Atraem-no as perspectivas da novidade. Lança-se até ao limiar do que decide para si ser útil - diga-se -, futuramente útil. As pessoas, mais do que os objectos, os movimentos sólidos que a cidade produz; as pessoas são o centro da sua intenção. Entrando nelas, o escritor consegue esquecer-se de si; porque na febril inspiração, só cabe o ar de cada um. O seu, enovela-se em volta da pessoa que absorve, protegendo-a da incidência das luzes, que muitas vezes o distraem, e lhe obrigam os sentidos à dispersão.

sábado, 23 de janeiro de 2010

1.

A memória é uma máquina voraz a engolir futuros.